Fonte: Estadão |
Um dia após a vitória do Palmeiras no
Allianz Parque por 2 a 1, contra o Fluminense, a diretoria alviverde anunciou o
Marcelo Oliveira como novo técnico do clube. Treinador reconhecido no mercado
como bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, três vezes vice da Copa do Brasil (Duas
com o Coritiba e com o Cruzeiro uma), e ainda conquistou três campeonatos
estaduais, sendo dois com o Coritiba e um com o Cruzeiro. Além disso, ganhou o
prêmio de melhor treinador paranaense em 2011 e duas vezes como melhor
treinador do Campeonato Brasileiro, em 2013 e 2014.
O técnico mineiro de Pedro Leopoldo,
cidade de 63 mil habitantes localizada a 46 quilômetros da capital, chegou ao
clube paulista após Oswaldo de Oliveira passar por um mau momento no Palmeiras.
Mesmo ao levar o time a final do Campeonato Paulista, Oswaldo não resistiu ao
péssimo início no Brasileirão.
Ao chegar no clube, como qualquer
outro comandante que passa por aqui há pressão de todos os lados e com Marcelo
não foi diferente. Apenas cinco dias depois de assinar o contrato válido por
dois anos, já comandou o Verdão contra o Grêmio, no Sul. Mas a estreia não foi das
melhores e voltou do Rio Grande do Sul com uma derrota por 1 a 0.
Na segunda-feira após o jogo, Marcelo
decidiu levar os jogadores para se concentrar em Atibaia e realizar a
preparação para o clássico contra os bambis, no Allianz Parque, e não poderia
ser melhor. Um placar (4 a 0) convincente e como diz o hino “alviverde
imponente”. O Palmeiras dominou o jogo, que mesmo com 40% de posse de bola,
chutou 13 vezes ao gol, sendo sete vezes na meta do goleiro Rogério Ceni,
contra apenas uma do adversário.
A partir daquele jogo, o Marcelo
Oliveira encaixou uma sequencia de oito jogos sem perder, sendo sete vitórias e
um empate contra o Sport, no Recife. A torcida palmeirense já estava confiante
que algo bom viria pela frente, mas as três derrotas seguidas para Atlético
Paranaense Cruzeiro e Coritiba diminuíram os ânimos. Mas no último jogo contra
o Grêmio, no sábado, o Palmeiras voltou a convencer a torcida com uma ótima
atuação principalmente na primeira etapa e venceu por 3 a 2.
Números do Marcelo Oliveira
Após 23 partidas e exatos três meses
como técnico do Palmeiras, já é possível definir o estilo de jogo do Marcelo
Oliveira, que acumula números interessantes. O blog fez um levantamento baseado
nas principais estatísticas que podem caracterizar o atual momento técnico e
tático do Palmeiras no Campeonato Brasileiro.
No Campeonato Brasileiro o Palmeiras
é...
Terceiro time que mais desarma, com
559 ou 20 por jogo.
Décimo segundo com mais passes certos,
com 8.306 ou 307 por jogo.
Primeiro em finalizações certas, com
163, ou seis chutes no gol por jogo.
Primeiro que mais acerta cruzamentos
na área, com 132, em média 5 vezes por jogo.
Com base nisso, podemos afirmar que o
Palmeiras do Marcelo Oliveira é um time que joga claramente no contra ataque. O
Verdão ‘entrega’ a bola ao adversário e faz a rápida transição até o ataque,
que conta com bons jogadores pelos lados, Gabriel Jesus e Dudu, e um ótimo
finalizador na frente, Lucas Barrios.
Peças chaves no esquema do Marcelo
Oliveira, os dois volantes do Palmeiras, Arouca e Thiago Santos participam
ativamente dos 559 desarmes no meio campo para servir o Robinho, o lateral direito
Lucas que sempre chega com qualidade no ataque e os homens de frente, que
avançam com velocidade.
Outra característica que o Verdão tornou
positiva na Era Marcelo Oliveira são os cruzamentos. Até o momento, o Palmeiras
é o time que mais cruza na área e também o que mais faz gols de cabeça, são 18
no Brasileirão. Como conta com alguns jogadores altos, o Palmeiras consegue
tornar esse estilo de jogo, que para muitos é apenas mais uma jogada, uma arma
contra os adversários.
Oswaldo de Oliveira x Marcelo Oliveira
Em relação à campanha dos dois, cada
um tem os prós e os contras. O Oswaldo de Oliveira jogou mais da metade das
partidas pelo Palmeiras no Campeonato Paulista, mas pegou o time em começo de
temporada, sem ainda ter uma espinha dorsal. Já o Marcelo Oliveira chegou ao clube
no meio do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil, com o time já montado e
com alguns jogadores que o Oswaldo de Oliveira não havia trabalhado, como por
exemplo, Lucas Barrios, Thiago Santos que estão em boa fase.
O time do Oswaldo de Oliveira trocava
mais passes para chegar ao gol, tanto é que nos primeiros seis jogos do
Campeonato Brasileiro, o Palmeiras teve mais posse de bola em quatro deles (Joinville,
Goiás, Internacional e Figueirense) e mesmo assim não foi efetivo, com apenas
dois pontos conquistados de doze em disputa.
Se falarmos apenas sobre o Campeonato
Brasileiro, o Oswaldo esteve no comando em seis jogos, com uma média de 58,9%
de posse de bola e seis gols marcados, ou seja, um gol por jogo. Em
contrapartida, o time do Marcelo Oliveira é mais eficiente no ataque. Com 40
gols em vinte partidas, essa média sobe para exatos dois gols por jogo e 48,87%
de posse de bola. O ataque é o melhor do Brasil, mas a defesa não está ajudando.
Foram 23 gols levados até agora na Era Marcelo Oliveira, em 20 jogos. Média
superior a do Oswaldo de Oliveira, que levou um gol por jogo.
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