Hoje faz exatos 16 anos que a América ficou Verde e Branca. Foi no dia 16 de Junho de 1999 que o Palmeiras que tinha como time base, goleiro São Marcos, que substituiu Velloso que se machucou na primeira fase, alem dos laterais Arce pela direita e Júnior na esquerda, na zaga Júnior Baiano e Roque Júnior, os volantes César Sampaio e Rogério, no meio Alex e Zinho, na linha de frente os atacantes Pualo Nunes e Oséas, fora essa turma ainda tivemos jogando, durante a competição e que foram fundamentais para conquista os atacantes Evair e Euller, o zagueiro Cléber e o Galeano e foram eles que nos fizeram campeões da Libertadores em cima do Desportivo Cali da Colômbia, junto claro com o restante do elenco e comissão técnica.
Para chegar a grande final não foi nada fácil, tanto que na nossa chave tínhamos o Cerro Portenõ e o Olímpia do Paraguai, alem do rival Corinthians que acabou a primeira fase líder do grupo com 12 pontos e nós em segundo com 10.
Então vamos recordar a trajetória que começou no dia 27 de Fevereiro do mesmo ano onde logo de cara foi um clássico contra o rival no Morumbi onde vencemos por 1 a 0, em seguida no dia 03/03 fomos até o Paraguai jogar contra o Cerro Portenõ no estádio Defensores Del Chaco em Assunção e enfiamos uma goleada de 5 a 2, ainda lá no dia 05/03 no mesmo estádio foi a vez de pegar o Olímpia e sofrer o primeiro revés na competição onde fomos derrotados por 4 a 2, no jogo de volta no dia 12/03 empatamos em 1 a 1 com o Olímpia dentro da Nostra Antiga Casa, depois perdemos de 2 a 1 para o rival no dia 17/03 jogando novamente no Morumbi e encerramos a primeira fase vencendo o Cerro no dia 07/04 por 2 a 1 dentro do nosso saudoso Palestra Italia.
Veio à segunda fase agora era matar ou morrer, nosso adversário seria o Vasco da Gama campeão do ano anterior e por conta disso entrará na competição nessa segunda fase, e lá fomos nós. Primeiro jogo das oitavas foi em casa e ficamos no empate de 1 a 1 no dia 14/04 o segundo foi na casa do adversário em São Januário e no dia 21/04 vencemos o Vasco por 4 x 2.
Chegou as quartas de final e nessa terceira fase reencontramos o Corinthians, sabendo que não poderíamos errar. Em dois jogos épicos como são nosso clássicos disputados no Morumbi, vencemos a primeira partida por 2 a 0 no dia 05/05 e na semana seguinte dia 12/05 perdemos o jogo pelo mesmo placar e isso nos fez ir pela primeira vez para um disputa de pênaltis onde vencemos por 4 a 2 e foi ai que começa a brilhar a aureola e surgir o apelido do nosso eterno São Marcos, pois o time adversário desperdiçou duas cobranças e Marcos defendeu o chute do então “pé de anjo”, Marcelinho “Freguês” Carioca e a vitória nos levou para fase seguinte.
Semi final, faltava muito pouco para chegar lá e lá estávamos na quinta fase tendo pela frente o temível River Plate da Argentina e o seu Monumental de Núñez lotado pela sua fanática torcida, só de lembrar desse momento fico arrepiado pois no dia 19/05 lá estava o Palmeiras em busca de mais um resultado que poderia trazer sossego para o jogo da volta, porem não foi o que aconteceu e perdemos o jogo pelo placar mínimo de 1 x 0. mas ai veio o dia 26/05 e lá estávamos o Palmeiras e a sua torcida que também era fanática dentro do Palestra apoiando o time com nunca ou como sempre e conseguimos reverter o resultado vencendo por 3 x 0, carimbando o passaporte pra grande final.
Chegou o grande momento estávamos a dois passos de conquistar o continente e depois de tanta garra, luta e sangue, chegamos a sexta e última etapa da competição, a grande final. Íamos enfrentar um time colombiano que na primeira fase enfrentou o Vélez Sarsfield, River Plate e o Once Caldas, depois nas fases seguintes eliminou o Colo Colo, Bela Vista e Cerro Portenõ, esse time era o Deportivo Cali.
No primeiro jogo, disputado em Cali na Colômbia no Estádio Olímpico Pascual Guerrero, fomos derrotados mais uma vez na competição pelo placar mínimo de 1 x 0, no dia 02/06, porem nada estava perdido por que o jogo decisivo seria no Palestra Itália lotado até a tampa e assim foi. No dia 16/06 lá estava Nostra Casa lotada, ocupada por 32 mil torcedores quase todos palmeirenses, afinal a torcida adversária compareceu em bom numero. O jogo foi emocionante e sem condições para quem tinha coração fraco tanto que durante a partida tivemos a morte de um torcedor palmeirense infelizmente. O jogo no primeiro tempo foi muito pegado e terminara sem gols e isso dava o titulo pro time visitante. No segundo tempo Evair entrou no lugar de Arce, sim o matador estava no banco junto de Euller, Galeano e Cléber e aos 20 minutos da etapa final de pênalti ele, sim ele mesmo Evair bateu e converteu, mas nada estava resolvido ainda, pois precisávamos de mais um gol para ser campeão e esse resultado levava para os pênaltis, mas 5 minutos depois pênalti a favor do Deportivo e Zapata igualou o placar para tristeza da massa Alviverde, mas no minuto seguinte com 31 minutos jogados, o gigante de trancinhas Oséas, o mesmo que garantiu nossa vaga fazendo um gol milagroso contra o Cruzeiro no ano anterior pela Copa do Brasil fez o segundo para delírio quase que “orgásmico” da Família Palmeirense, porem nada ainda estava decidido, pois o resultado novamente levava para as penalidades. Durante a partida nosso então técnico Luiz Felipe Scolari, vulgo Felipão trocara Alex por Euller em busca da vitória, mas foi muito difícil de furar a retranca adversária ainda mais depois da expulsão de Mosquera aos 34 desta etapa. A partida estava encaminhando para as penalidades, quando nos acréscimos aos 49 Evair foi expulso e fim de jogo e vamos pro ato final dessa saga.
Começa mais uma sessão de tortura pra nossa torcida e não poderia ser diferente, começaríamos as cobranças e sem o nosso principal cobrador que havia sido retirado da partida antes do final. Vamos lá o primeiro a cobra foi Zinho que foi pra bola e mandou no travessão, a perna deve ter pesando tanto quanto sua cueca naquele momento e começamos desvantagem na seqüência o time colombiano converteu com Dudamel, Gavíria, Yepes e Bedoya perdeu chutando na trave, pelo lado Palmeirense, Júnior Baiano, Roqaue júnior, Rogério e Euller converteram, com isso estávamos na frete e faltando uma cobrança que se convertida levaria para as cobranças alternadas e lá foi ele para cobrança Zapata o mesmo que tinha convertido a penalidade no tempo normal, colocou a bola no marca da cal, pegou distancia foi pra bola e chutou, foi Marcos para um lado e a bola pra outro, porem a aureola de São Marcos brilhou mais forte que nunca e a bola foi pra fora e estádio veio a baixo. Foi tanta felicidade, uma emoção que não tem como medir e que não cabia dentro de nós torcedores, pois naquele momento tínhamos certeza que seriamos finalmente eternizados na galeria dos Campeões da Libertadores da América. Depois de ter batido na trave em duas oportunidades, uma em 1961 e outra em 1968 e depois de longos 31 anos de espera, chegamos novamente a uma final para ocupar o ponto mais alto do pódio.
Espero não esperar mais 31 anos para chegar a uma final e conquistar a América novamente, mas espero estar bem vivo e são, para ver isso novamente acontecer.
Dia 16 de Junho de 1999 o dia em que fomos Donos da América
#palmeirasaconquistaremosnovamente
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